Relações Internacionais
Mestrado Global: a jornada intercultural de Gijs Bresser pelo mundo
A capacidade de olhar o mundo com múltiplos olhos é, para o aluno, o maior legado do CEMS, programa internacional.

Quando Gijs Bresser deixou a Holanda para estudar no Brasil, ele não imaginava que sua jornada acadêmica se tornaria uma travessia profunda por culturas, realidades e formas de pensar completamente diferentes daquelas com as quais cresceu. Estudante do Mestrado Profissional em Gestão Internacional (MPGI) da FGV EAESP e participante do programa CEMS (Master in International Management), Gijs apostou na diversidade e no impacto social como guias para sua trajetória. Assim viveu experiências únicas entre São Paulo, Cairo e Milão — e aprendeu uma nova forma de enxergar o mundo.
“Eu queria sair da minha zona de conforto”, resume. Formado em Administração de Empresas na Holanda, com experiência no setor hoteleiro e passagens por Espanha e Chile, Gijs conheceu o CEMS enquanto fazia um pre-master na Rotterdam School of Management, na Erasmus University. Ao escolher sua home school, optou pela FGV EAESP, em parte por sua qualidade reconhecida internacionalmente, mas principalmente por seu interesse em países emergentes e na América Latina.
“Eu queria entender mais profundamente os desafios e oportunidades desses países. E a FGV oferecia muitas eletivas voltadas para a realidade brasileira e de mercados em desenvolvimento”, conta. O primeiro ano em São Paulo foi, segundo ele, “incrível”. A pluralidade da cidade, seus bairros multiculturais como a Liberdade e a efervescência de possibilidades o encantaram. “São Paulo tem de tudo — música, comida boa, muita arte e bairros cheios de vida. No começo, eu até me perdia em meio a tantas opções”.
Da sala de aula ao impacto real
A experiência na FGV foi além da teoria. Gijs destaca os workshops, Skill Seminars e visitas de campo, que levaram os alunos a entender de perto o Brasil real — das trilhas no Parque das Neblinas, onde desenvolveram uma proposta de negócios sustentável, às visitas a empresas como a Natura e a aterros sanitários, vivenciando a cadeia de reciclagem e conhecendo de perto o trabalho dos catadores. “Foi muito diferente para mim. Vi uma outra realidade, aprendi muito sobre sustentabilidade aplicada e sobre o impacto social das decisões empresariais”.
Gijs também aprendeu português — hoje é fluente — e estagiou durante o segundo semestre, vivenciando o que é trabalhar em um país emergente.
“Eu vi os dois lados do Brasil — o do turista e o de quem trabalha e estuda. Foi fundamental para meu amadurecimento”.
Cairo: mergulho em outra complexidade
Para seu primeiro semestre internacional no segundo ano de mestrado, Gijs fez uma escolha pouco comum entre alunos do CEMS: a Universidade Americana do Cairo (AUC). “Muitos optam por Europa ou Austrália, mas eu queria algo realmente diferente”. E encontrou. “O Oriente Médio é fascinante: uma mistura de intensidade, história, hospitalidade e presença marcante de diferentes religiões. Foi uma imersão incrível”.
Na UAC, teve acesso a eletivas de outras áreas, como história e estudos sobre migração, participou de um Block Seminar sobre negócios no Oriente Médio, visitou fábricas e centros logísticos, e ainda fez trabalhos voluntários.
“A universidade tem estrutura de excelência e oferece muitas parcerias. Foi um aprendizado profundo, tanto acadêmico quanto humano”.
Bocconi: um retorno com nova perspectiva
Agora em Milão, na prestigiosa Universidade Bocconi, Gijs encerra sua jornada com um olhar mais maduro. “Depois de um ano e meio fora da Europa, quis estar mais perto da minha família. Milão é nova para mim, apesar de ser europeia, e a Bocconi tem um foco forte em bem-estar, saúde mental e soft skills”.
Mas ele admite: "Brasil e Egito foram mais ‘breathtaking". Lugares onde eu realmente aprendi vivendo. Cada país me ensinou algo sobre mim mesmo e sobre o mundo”.
Um novo Gijs — mais consciente, mais global
Ao fim do mestrado, Gijs planeja passar um tempo na Holanda, mas já sabe: quer voltar ao mundo. “Quero trabalhar num ambiente internacional, com pessoas de diferentes países. E quero causar impacto. Depois de morar no Brasil e no Egito... eu vi coisas. Quero fazer a diferença, especialmente para quem não tem acesso aos mesmos recursos”.
Hoje, Gijs se sente mais adaptável, empático e consciente das desigualdades globais. “A educação na Europa tem uma visão muito europeia. Conhecer as perspectivas latino-americanas e árabes me fez ver que um mesmo problema pode ter diferentes soluções — depende do ponto de vista”. Essa capacidade de olhar o mundo com múltiplos olhos é, para ele, o maior legado do CEMS.
E deixa um conselho: “Vá para onde você nunca pensou em ir. Lá é onde você mais vai aprender”.
Para conhecer o curso de Mestrado Profissional em Gestão Internacional da FGV (MPGI), acesse o site.