Administração de Empresas
Mestrado na prática: a qualificação de profissionais por meio de pesquisa científica
Mestrado na prática: a qualificação de profissionais por meio de pesquisa científica

Organizações estão enfrentando desafios de negócio cada vez mais complexos que só podem ser resolvidos por gestores cientistas. O Mestrado Profissional em Administração (MPA) da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGV EAESP) busca formar esses gestores para que estejam prontos para lidar com as constantes mudanças do mercado e do mundo. A capacidade de análise lógica e crítica acaba tendo repercussões profissionais, empresariais e pessoais.
Por exemplo, Fabio Rodrigues, CEO de uma indústria automotiva de Joinville, mapeou as principais práticas adotadas por indústrias brasileiras diante da concorrência com empresas chinesas em sua pesquisa. Além disso, examinou o processo decisório relacionado à escolha entre produzir internamente (fazer) ou adquirir produtos no exterior (comprar).
“O MPA foi um divisor de águas na maneira como eu administro minha empresa. O rigor acadêmico que o mestrado exige do profissional me abriu muito a mente sobre o que é achismo, o que é comprovado é como a gente faz uma pesquisa apropriada. Destaco muito a parte de geopolítica, mudou meu horizonte sobre como ler uma notícia, como interpretar pontos de vista diferentes”, explica Fabio.
Maria Luiza Souza é Diretora de Planejamento Comercial na Natura e acredita que o MPA tenha trazido novas perspectivas sobre como lidar com evidências, além ampliar a capacidade de visão. “Você aprende uma lógica de pensamento diferente, como buscar uma relação de causa e efeito lógica, isso tem me ajudado muito até hoje”, confirma.
Fabio conta como sua pesquisa saiu de sua realidade profissional:
“Somos uma família de industriais. Resolvi pesquisar esse tema porque a gente passa por muitos dilemas: se a gente continua a investir no Brasil, continua a comprar máquinas, equipamentos, construir fábricas ou se a gente acaba virando um grande importador e trazendo tudo isso pronto da China. Vi muitas empresas errando nessa decisão de fazer ou comprar e decidi documentar e analisar tudo pois a competição com concorrentes asiáticos está muito forte. Ela vem com preços competitivos, com vantagens de infraestrutura, e aqui no Brasil temos uma série de situações sistêmicas que atrapalham a indústria. Mas mesmo assim tem empresas que conseguem sucesso nesse cenário”, explica Fabio.
Quanto a conexão entre mercado e academia, Maria Luiza explica como sua pesquisa impactou seu trabalho:
“Na minha pesquisa, pude extrair caminhos para potencializar a participação de mulheres em conselhos administrativos e como essas chances podem trazer benefícios financeiros ou de operação para a empresa. O fato de eu estar no mercado durante o mestrado, em uma empresa que tem a questão de gênero como uma de suas causas, fez com que essas reflexões de pesquisa pudessem entrar em inúmeras discussões aqui na empresa e pude dividir o que eu encontrava com inúmeros colegas, inclusive da área de Recursos Humanos. Eu divulguei minha dissertação para muitas pessoas dentro da empresa, em outras empresas, para membros de conselhos, todos tinham interesse”, comenta Maria Luiza.
Fabio também conta o que mudou em sua empresa após seu mestrado:
“Eu mudei bastante após o mestrado, implementei muitas coisas na minha empresa, como o desenvolvimento de produtos, por exemplo. Mudou também a nossa agressividade em relação ao mercado externo. Toda a pesquisa fez com que eu entendesse melhor como algumas empresas brasileiras, além de concorrer aqui no Brasil, conseguem se destacar no exterior”, completa.
Luciana Parente, Superintendente de Engenharia e Inovação no Grupo Águas do Brasil, conta como a pesquisa e conhecimento do mestrado estão intimamente ligados com inovação, sua área de atuação. “Inovar está diretamente conectado com a curiosidade, com o aprender constante, que é o que fazemos durante o processo de pesquisa no mestrado. Vários livros foram referências pra mim de como a evolução cultural aconteceu na empresa”, explica Luciana.
Com o tema de pesquisa de adaptação à cultura da inovação, ela pôde implementar algumas mudanças na prática. “Depois de decidir estudar o tema, justamente fui convidada e ser Head de Inovação em uma empresa tradicional. Então pude viver na pele tudo que estava estudando e pude fazer algumas implementações. A importância da inovação em uma empresa está muito ligada a dor que ela sente. A inovação é também a melhoria de processos e é isso que faço hoje e ela está conectada com a cultura da empresa. O que pude ver na pesquisa e no trabalho é a mente aberta pra mudança, querer experimentar, diminuir burocracia e saber testar com cuidado. É a criação de um novo ambiente de experimentação controlada”, conclui.
Aproximar-se do mundo acadêmico e ter executivos de maior potencial encontrando soluções práticas para problemas reais nas companhias é o diferencial competitivo atual.
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Veja abaixo as pesquisas completas:
"Impactos da diversidade de gênero nos conselhos: já podemos ver para crer, ou é preciso crer para ver?" - Maria Luiza Souza
"O desafio de adaptação à cultura de inovação: um estudo de caso em uma empresa no setor de alimentos" - Marcelo de Lima
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